Após sete anos sem um concurso AFT, os interessados em concursos na área fiscal já podem ficar de olho no andamento deste certame. Isso porque um pedido de um novo concurso, com provimento de 1.524 vagas para recomposição do quadro de Auditores-Fiscais do Trabalho, está em andamento.

Na última quarta-feira, 18, o processo que visa a abertura do concurso chegou à Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) do Ministério da Economia e registrou oito novas movimentações. Agora, o pedido aguarda um aval do Ministério da Economia.

Apesar de não ser uma certeza, a realização de um novo concurso AFT é constantemente cobrada. Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT), a recomposição do quadro é urgente. No dia 14 de julho, o sindicato divulgou uma nota pública pedindo providências imediatas para a realização de um concurso ainda em 2020.

De acordo com a nota, há menos de 60% do número de cargos totais ocupados. “O número deficitário desses profissionais cria cenário propício para o aumento da escravidão contemporânea no país, pois a fiscalização do trabalho é a base da política de combate ao trabalho escravo e os Auditores-Fiscais do Trabalho são de grande importância para a constatação dessa violação e indispensáveis para a responsabilização administrativa dos exploradores e a lavratura dos autos de resgate das vítimas escravizadas”, aponta.

Além disso, durante uma reunião ordinária da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) que aconteceu no último dia 9, a diretora do sindicato, Vera Jatobá, reforçou a necessidade de criar uma comissão para tratar do concurso.

A carreira de Auditor-Fiscal do Trabalho

Para seguir a carreira de Auditor-Fiscal do Trabalho é necessário um diploma de nível superior em qualquer área de formação. A remuneração inicial do cargo é de cerca de R$ 21.029,09. Já na última classe/padrão, o valor pode chegar a em torno de R$ 30 mil.