Neste 4 de dezembro, o Dia do Perito Criminal relembra uma das funções mais técnicas da investigação: a de quem examina cenas de crime, coleta vestígios e produz laudos que ajudam a reconstituir o que realmente aconteceu. No Mato Grosso do Sul e em todo o país, esses profissionais atuam nos bastidores das ocorrências, muitas vezes sendo os primeiros a transformar indícios em informações concretas.
A palavra “perito” vem do latim peritus — “experiente, especialista” — e descreve bem a atividade, que envolve desde microscópios e reagentes até softwares de análise digital. Pouca gente sabe, mas a categoria comemora a data por causa de Otacílio de Souza Filho, considerado o patrono da perícia criminal. Nascido em 4 de dezembro, Otacílio morreu em 1976 enquanto investigava um caso em Minas Gerais, episódio que marcou a história da profissão.
Outra curiosidade é que a perícia moderna começou a ganhar forma no Brasil apenas na segunda metade do século XX, quando setores de balística, documentoscopia e genética começaram a se consolidar. Hoje, o trabalho vai muito além de cenas de crime tradicionais: inclui análises de celulares, reconstrução digital de fatos e identificação de padrões invisíveis a olho nu.
Neste 4 de dezembro, a data destaca justamente isso: uma atividade essencial, pouco vista pelo público e cheia de detalhes curiosos — onde cada vestígio, por menor que seja, pode mudar toda a narrativa de uma investigação.