O Rio Grande do Sul celebra os 180 anos da Polícia Civil, instituição criada em 1845, ainda durante a Revolução Farroupilha. Pouca gente lembra, mas a corporação nasceu em meio à guerra, quando o Estado percebeu a necessidade de organizar investigações e manter algum controle legal mesmo em tempos de conflito. Desde então, a PCRS atravessou Império, República, ditaduras, crises econômicas e revoluções tecnológicas, sempre adaptando seus métodos ao contexto da época.
Ao longo do tempo, o RS foi pioneiro em diversas iniciativas: criou uma das primeiras delegacias especializadas do país, investiu em setores de inteligência antes de se tornarem padrão nacional e chegou a operar delegacias flutuantes em regiões ribeirinhas. Também possui um dos acervos históricos mais ricos entre as polícias brasileiras, com documentos, viaturas e equipamentos que contam a evolução da investigação criminal no Estado.
Dos delegados do século XIX, que acumulavam funções e atuavam praticamente sozinhos, às equipes atuais com laboratórios, tecnologia e formação avançada, a essência permaneceu a mesma: entender os crimes e organizar as informações que sustentam a Justiça. Aos 180 anos, a Polícia Civil do RS se destaca tanto pelo tamanho da sua história quanto pela capacidade de se reinventar ao longo dela.